Especialista alerta como escolher a escola correta para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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Profissionais da educação e cientistas reforçam e defendem que a convivência é benéfica para todos

A presença de crianças atípicas vem crescendo de forma acelerada, em 2017 o número de alunos com TEA em escolas públicas e particulares não chegava a 100 mil, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Atualmente, esse número supera a marca de 200 mil novas matrículas.

De 2022 a 2023, o número de crianças e adolescentes nas escolas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em salas normais, com alunos sem deficiência aumentou 50%. Segundo o Censo de Educação Básica, o número saltou de 405.056 para 607.144 alunos.

Profissionais da educação e cientistas reforçam e defendem que a convivência de pessoas com e sem TEA deve acontecer e é benéfica para todos, tanto do ponto de vista social para o ponto de vista cognitivo.

Desafios enfrentados

Segundo a Lei Berenice Piana, 12.764/2012, quando comprovado a necessidade pela escola, os alunos possuem direito a dois tipos de acompanhantes. Um para auxiliar nas atividades do dia a dia, relacionadas com higiene e alimentação, e um profissional que foque na questão pedagógica e ajuda na comunicação, concentração e adaptação das atividades feitas pelo professor titular.

Para Alessandra Freitas, a formação de profissionais na área da educação caminha lentamente. A especialista em aprendizagem e alfabetização tem mais de 20 anos de experiência, é mestre em Estilos de Aprendizagem com ênfase em “Como as Pessoas Aprendem” e também especialista em educação inclusiva.

“A formação de profissionais qualificados para alfabetizar alunos com TEA ainda avança de forma lenta, e muitas escolas ainda enfrentam dificuldades para se preparar adequadamente. A adaptação de atividades, materiais e aulas para esses alunos nem sempre é realizada de maneira eficaz”.

O Brasil não possui um dado exato sobre o número de cidadãos com autismo no país, mas nos Estados Unidos, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) calcula que uma a cada 36 crianças de oito anos seja autista no país. Em 2001 esse dado era de uma a cada 150.

Como avaliar a inclusão escolar

Alessandra alerta que ao escolherem a escola para seu filho, os pais devem prestar atenção em pontos como se o ambiente é inclusivo e se a equipe possui experiência com crianças atípicas e que não devem hesitar em fazer perguntas para entender a política de inclusão, abordagem pedagógica e os recursos disponíveis para as crianças.

“A referência de outros pais é importante para alertar sobre as possíveis falhas da escola, e outra coisa importante é observar como a escola se comunica com esses pais e como eles promovem uma comunidade escolar inclusiva com essas pais e alunos”, finaliza.

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