Emergências climáticas: o que fazer para minimizar seus efeitos na saúde?

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Médico da Hapvida NotreDame Intermédica alerta para possíveis problemas na falta de cuidados nesse período

 

Com o agravamento das emergências climáticas, caracterizadas por seca extrema, crise hídrica e redução da umidade, adotar medidas para manter o bem-estar e proteger a saúde, em especial de crianças e idosos, é primordial. De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), nas últimas duas semanas de agosto, foi constatado, em nível nacional, um aumento significativo do número de atendimentos por náuseas e vômitos em comparação com a média histórica, desde 2022.

 

Para minimizar seus efeitos na saúde, o médico Marcello Nannetti, da Hapvida NotreDame Intermédica, orienta alguns cuidados a serem seguidos nesse período:

 

– Reforce a hidratação: aumentar significativamente a ingestão de água é essencial para manter o corpo funcionando corretamente. É recomendado beber ao menos 2 litros por dia. Também aumente o consumo de sucos.

 

– Hidrate as vias respiratórias: use soro fisiológico para lavar o nariz e os olhos, aliviando possíveis irritações causadas pela fumaça. Evite o uso de produtos de limpeza com cheiro muito forte, como cloro e desinfetantes.

 

– Evite exposição solar: é recomendado o uso de protetor solar, roupas leves, chapéus, além evitar o horário de pico entre 12h e 14h. Faça pausas em ambientes frescos, com sombra.

 

– Evite atividades físicas ao ar livre: reduza ou evite atividades físicas em áreas abertas, especialmente próximas aos focos de queimadas e durante os períodos de maior calor. Busque ambientes frescos e bem ventilados, sempre que possível. Se precisar sair, use máscaras para proteger as vias respiratórias.

 

– Alimente-se adequadamente: prefira alimentos mais leves como frutas e verduras, que são mais fáceis de digerir e ajudam a manter o corpo nutrido. Frutas ricas em água, como melancia, melão, laranja e abacaxi são boas opções. Evite o uso excessivo de álcool e café, que podem desidratar o corpo.

 

– Melhore o ambiente interno: mantenha portas e janelas fechadas para evitar a entrada de partículas de fumaça. Utilize umidificadores ou toalhas molhadas para melhorar a umidade do ar dentro de casa. Evite o uso de vassouras para limpeza; prefira panos úmidos ou aspiradores.

 

– Monitore as condições e busque atendimento médico: acompanhe regularmente a qualidade do ar e as condições climáticas. Em caso de agravamento de sintomas como náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura e dores intensas, busque orientação médica imediatamente.

 

– Mantenha a atenção com os grupos vulneráveis: crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas ou imunocomprometidas são mais suscetíveis a problemas respiratórios e devem seguir precauções adicionais, como o uso contínuo de máscaras e a manutenção de consultas médicas regulares.

 

“Essas emergências climáticas afetam severamente a saúde. Temos que tomar cuidado em época de calor intenso, no tempo seco. Nossa maior preocupação é com desidratação severa, insolação e sinais de infecção respiratória. As medidas e orientações ajudam a passar por esse período com mais segurança, evitando complicações”, conclui Nannetti.

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