Mãe solo: quais os principais desafios e como lidar com eles

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A psicóloga Monique Stony explica que, quando se é mãe solo, é preciso buscar alternativas para superar obstáculos comuns

A maternidade costuma apresentar desafios para qualquer mulher, afinal, são muitas as mudanças. E para quem é mãe solo as dificuldades e necessidades de adaptação costumam ser ainda maiores, já que é preciso encarar, muitas vezes, desde responsabilidade financeira até a falta de uma rede de apoio. Como fazer?

Essa, infelizmente, é a realidade da maioria das mães no Brasil. Segundo pesquisa do DataFolha, 55% das mães no país vivem uma maternidade solo e, na maioria das vezes, sem apoio e com escassez de renda financeira. 

De acordo com Monique Stony, psicóloga, executiva de Recursos Humanos e autora do livro “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, lançado recentemente pela Editora Gente, esse número pode ser ainda maior, pois muitas mães criam filhos sozinhas, mesmo que dividam o teto com um parceiro. Dessa forma, vivem a maternidade solo, mesmo que ainda não tenham se dado conta disso. 

Quando uma mãe não tem com quem equilibrar as demandas, pode se sentir bastante sobrecarregada. “É especialmente difícil se não houver apoio financeiro do pai da criança ou se a responsabilidade total pelas necessidades do filho estiver com ela. Isso pode levar a altos níveis de estresse e fadiga. Além disso, algumas mães solteiras ainda enfrentam julgamentos da sociedade, o que pode ser desafiador do ponto de vista emocional”, avalia. 

Segundo a psicóloga, outro problema é a falta de tempo para as mães solo cuidarem de si mesmas, o que pode afetar a sua saúde física e mental. “Cuidar de si mesma é importante para que esteja bem para cuidar do filho, mas sabemos que isso acaba sendo um privilégio de poucas. No geral, as mães solo estão lutando para a sobrevivência própria e dos filhos. 

Por isso, precisamos lutar por políticas públicas e privadas para a inclusão da mulher. Não é aceitável que ela pague toda a conta sozinha. Enquanto não vemos transformação, precisar comunicar e fortalecer mulheres nessa situação com ferramentas que as ajudem a lidar com tamanhos desafios. É o que Monique traz no seu método ALTA, que explica detalhadamente em seu livro. 

Nesse contexto é fundamental montar alianças. Na falta de um parceiro, busque o suporte de familiares, amigos e até grupos de apoio para criar uma rede confiável. Existem muitas mulheres em situações similares e é possível buscar ajuda e ajudar”, sugere. 

Outra orientação de Monique é ter um plano organizado para equilibrar as obrigações da maternidade com o trabalho. “É ainda mais importante definir prioridades e viver um dia de cada vez. Além disso, é importante estabelecer metas realistas e não exigir demais de si mesma. Comemore cada pequena conquista!”, aconselha. 

Segundo Monique, quem é mãe solo precisa saber pedir e aceitar ajuda quando ela for oferecida. “Todas as mães precisam de auxílio de alguma forma, e quem está com a responsabilidade inteira para si, precisa contar com auxílio para realizar uma tarefa doméstica ou fazer uma atividade com a criança quando a mãe não puder estar presente”, diz. 

A psicóloga também recomenda a busca por um profissional do Direito para que a mãe possa conhecer os seus direitos e os das crianças. “Muitas vezes o pai não participa do dia a dia, mas ele tem, sim, obrigações financeiras legais que podem ajudar a aliviar parte das questões”, conclui.


Sobre Monique Stony

Monique Stony é psicóloga e possui mais de 15 anos de experiência atuando como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiando o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres. Faz parte do grupo Mulheres do Brasil, onde atua como mentora de carreira de jovens negras. Criou o canal @maesnalideranca no Instagram onde mostra o dia a dia, os desafios e as estratégias da mulher moderna na realização de seus objetivos pessoais e profissionais. Oferece serviços de mentoria, além de palestras e treinamentos corporativos para a liderança e escritora do livro best-seller “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, que tem como propósito ajudar mulheres a conciliarem carreira e maternidade.

Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Administração com ênfase em Estratégia pelo COPPEAD/UFRJ, além de ter participado de cursos internacionais de educação executiva e aprimoramento profissional em instituições como Stanford, INSEAD e Beck Institute. Monique foi reconhecida duas vezes como um dos profissionais de Recursos Humanos mais admirados do país pela Instituição Gestão RH.  

Para mais informações, acesse o site ou pelo instagram.

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