Dia Mundial da Diabetes: Brasil tem mais de 16 milhões de pessoas com doença
Considerada uma das doenças do século, a diabetes ganhou notoriedade no Brasil pelo exponencial aumento no número de casos. Segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil é o 6º país em prevalência de diabetes no mundo, com mais de 16 milhões de pessoas diagnosticadas. A grande maioria é portadora do tipo 2.
Segundo o endocrinologista do Grupo São Lucas em Ribeirão Preto, Doutor em Ciências pela USP, especialista em Endocrinologia e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes Dr. Paulo Rizzo (CRM –SP: 71516 RQE: 68.627), a obesidade é a principal causa para o desenvolvimento da doença, uma vez que o excesso de peso aumenta a resistência do organismo à insulina.
“Cerca de 95% dos casos de diabetes são do tipo 2. O corpo produz insulina, só que em menor quantidade do que a necessária, além disso, não consegue utilizar a glicose como fonte de energia. Hoje o melhor tratamento para a doença é a dieta balanceada, atividade física, uso de medicamentos que controlam a glicemia e protegem coração e rins, e eventualmente com a aplicação de insulina”, explica o especialista.
Os exames para o diagnóstico são glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste de tolerância oral de glicose. O rastreamento deve ser anual a partir dos 35 anos para pessoas sem comorbidades, e a procura por um especialista deve acontecer ao sentir sede excessiva, fome constante, vontade de urinar com frequência, fadiga, visão turva e feridas que demoram a cicatrizar.
Novos tratamentos
Um dos tratamentos recomendados para o tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade ganhou repercussão entre a população. Medicamentos injetáveis de uso subcutâneos que imitam os hormônios intestinais ganharam notoriedade devido ao emagrecimento rápido de pacientes em tratamento.
Substâncias como semaglutida, liraglutida, dulaglutide e tirzepatida são conhecidas por diminuir o apetite, retardar o esvaziamento do estômago e melhorar a ação da insulina. Apesar dos benefícios, o uso sem indicação ou com objetivos estéticos e sem acompanhamento médico traz riscos alarmantes como efeitos colaterais gastrointestinais, hipoglicemia e muitos outros. Além disso, existe o risco de utilizar produtos falsificados sem controle de qualidade.
O médico alerta e informa que o termo utilizado para se referir a medicação é inadequado. “Não existem canetas emagrecedoras! Os medicamentos injetáveis foram desenvolvidos para tratar diabetes e/ou obesidade. Usar essas medicações como “canetas emagrecedoras” sem avaliação e acompanhamento médico é arriscado. Só devem ser usadas quando um médico especialista avaliar que os benefícios superam os riscos, prescrever dose correta e acompanhar a eficácia e segurança”, afirma.
Uma rotina saudável e acompanhamento diário da saúde são a grande chave para prevenção e controle do desenvolvimento da doença. Atividade física, alimentação balanceada com redução de ultraprocessados e açúcares simples e a perda de peso, são os grandes aliados para evitar ou proteger portadores do tipo 2.
“O aumento do diabetes se deve principalmente por obesidade e sedentarismo, somados a fatores sociais e envelhecimento. Muitas complicações são evitáveis com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Fazer exames regulares e manter um estilo de vida saudável tem impacto grande. Por fim, não use nenhum tratamento sem avalição médica. Elas têm benefícios para pessoas selecionadas, mas nunca devem ser utilizados sem supervisão médica, com avaliação e acompanhamento regulares”, conclui.
Sobre o Grupo São Lucas – O Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP) é uma marca de tradição, qualidade e confiança em medicina de excelência há mais de 50 anos, com médicos especialistas, atendimento humanizado e estrutura própria com alta tecnologia. É composto pelo Hospital São Lucas, Hospital São Lucas Ribeirania e São Lucas Medicina Diagnóstica. O Grupo, localizado em Ribeirão Preto (SP) é administrado pela Hospital Care, uma holding de serviços de saúde formada por mais de 30 unidades entre hospitais e clínicas, em 7 cidades do país.



Publicar comentário