Entre Mulheres: o conflito de gerações e a maternidade real

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Heloísa Pedrosa realizou, no dia 19 de maio, uma edição especial do projeto Entre Mulheres Business . O encontro, realizado no Shopping Santa Úrsula, trouxe à tona reflexões profundas sobre o universo feminino — com destaque para o conflito de gerações e as múltiplas faces da maternidade contemporânea.

As convidadas Nianara Bighetti e Gisele Siqueira compartilharam vivências marcadas por desafios, julgamentos e aprendizados. O bate-papo foi direcionado especialmente às mulheres que conciliam o papel de mães com as exigências do mundo profissional.

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Conflitos que atravessam gerações

A apresentadora Heloísa Pedrosa, ao abrir o evento, destacou a importância de compreender as transformações sociais e comportamentais entre as gerações. “Faço parte de uma época em que o termo usado era ‘mãe solteira’, não ‘mãe solo’. A mudança de linguagem já diz muito sobre como nos comunicamos e nos enxergamos”, afirmou.

Ela ressaltou que, apesar de buscar se adaptar às novas visões de mundo, ainda se depara com dificuldades para acompanhar plenamente os códigos das gerações mais jovens. “Mesmo sendo antenada, presente nas redes sociais e atualizada, ainda não consigo ficar 100% na mesma vibe que meus filhos”, desabafou.

Maternidade real e culpas silenciosas

A jornalista  Nianara Bighetti, emocionou o público ao relembrar a maternidade precoce e os conflitos vividos nos bastidores da televisão. “Comecei a trabalhar quando minha filha tinha apenas dois meses. Durante muito tempo, minha rotina era apresentar programas com ela no camarim sendo cuidada pelo meu pai e colegas de trabalho”, contou.

Ela enfrentou críticas, inclusive de familiares, por levar a filha ao ambiente profissional. “Não tinha estrutura nem babá. Era o que eu podia fazer para continuar exercendo minha profissão com dignidade”, revelou.

Com o tempo, Nianara percebeu o impacto dessa exposição no olhar da filha. “Maria Júlia cresceu vendo o lado real da TV. Não o lúdico, mas o trabalho duro. Ela nunca viu a comunicação como glamour, e sim como esforço”, explicou.

O conflito interno como ponto de partida

 A Mentora em Neurocomunicação Gisele Siqueira, trouxe uma abordagem mais emocional. Segundo ela, o verdadeiro conflito começa dentro de nós. “Antes de falarmos sobre gerações, precisamos olhar para o que vibra em nós. Muitas vezes, estamos tão preocupadas em atender expectativas externas que nos desconectamos de quem realmente somos”, afirmou.

Ela destacou como os filhos funcionam como espelhos emocionais. “Meu filho Francisco, de 11 anos, sempre reagia com mais agitação quando eu estava ansiosa ou sobrecarregada. A criança sente o que a gente vibra, não o que a gente diz”, refletiu.

Em busca de autonomia e reconciliação

O evento foi encerrado com a mensagem de que compreender as próprias emoções e aceitar as imperfeições da jornada é essencial para promover relações mais saudáveis. “Quando reconhecemos nossos conflitos internos, conseguimos lidar melhor com o outro — seja filho, parceiro ou colega de trabalho”, concluiu Heloísa.

O “Entre Mulheres” de maio reafirmou o propósito do projeto: criar um espaço acolhedor para escuta, troca e aprendizado. Um lembrete de que toda mulher tem o direito de escrever sua própria história com autenticidade, sem culpa e com poder.

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