Campanha Novembro Azul promove conscientização sobre a saúde masculina e prevenção ao câncer de próstata

Novembro é o mês destinado à campanha “Novembro Azul”, que destaca a importância dos cuidados com a saúde masculina, com ênfase no câncer de próstata e na saúde mental. No dia 17, o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, alerta para a necessidade dos exames preventivos. A campanha busca promover a conscientização sobre a saúde dos homens, e o uso da cor azul se tornou um símbolo mundial dessa mobilização.

O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais comum entre os homens no Brasil e no mundo, e geralmente se desenvolve sem sintomas iniciais, o que torna a detecção precoce essencial. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens a partir dos 50 anos realizem o rastreamento do câncer de próstata, incluindo o exame de PSA e consulta médica. De forma consentida, o rastreamento deve ser discutido com o paciente, para que ele entenda se é o mais adequado, considerando os riscos e benefícios. Para homens com fatores de risco, como histórico familiar, o rastreamento deve começar aos 45 anos.

A idade também é um fator de risco maior para o desenvolvimento do câncer de próstata. Além disso, um estilo de vida inadequado, com dieta pobre em nutrientes, sedentarismo e obesidade, contribui para o aumento do risco de doenças mais graves. Quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de cura, com tratamentos menos agressivos. Os principais exames para isso são o toque retal e o PSA (antígeno prostático específico). O toque retal ainda enfrenta resistência, mas é fundamental para detectar alterações na próstata.

O médico urologista e docente do IDOMED, Dr. Fabiano Parigi, reforça: “A conscientização é uma aliada contra o câncer de próstata. Exames preventivos podem salvar vidas. O exame de toque, embora ainda um tabu, é rápido e muitas vezes decisivo para um diagnóstico precoce e eficaz”, explica.

Além de alertar sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul também visa promover a conscientização sobre a saúde mental dos homens. A resistência cultural de muitos homens em procurar ajuda médica, principalmente devido ao estigma de que “homem não pode demonstrar fraqueza”, é um grande desafio a ser superado.