Transportadora promove campanha voltada à doação de absorventes até o dia 31 de maio

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Para chamar a atenção para a falta do acesso a condições básicas de higiene entre pessoas que menstruam, a OMS (Organização Mundial da Saúde), criou o Dia Internacional da Dignidade Menstrual, que foi celebrado no dia 28 de maio. Também chamada de pobreza menstrual, a situação de precariedade gera inúmeros impactos negativos, como a ausência recorrente de jovens afetadas pelo problema à escola, por exemplo, prejudicando o desempenho escolar e o futuro social, pessoal e profissional.

A estimativa da ONU é que, no mundo, uma em cada dez meninas falte às aulas quando estão menstruadas por não ter produtos de higiene específicos. Segundo uma pesquisa da marca Always, a situação é ainda pior entre as brasileiras, com uma taxa de uma em cada quatro garotas que já faltou pelo mesmo motivo. Com isso, se contabiliza uma estimativa de 14 milhões de faltas por ano por conta desta condição.

No Brasil, iniciativas têm sido criadas em todas as esferas da sociedade para mudar essa situação. Uma delas foi do Grupo Rodonaves, um dos principais do setor de transportes do país, que no último dia 22 de maio, data em que se comemora o Dia do Abraço, promoveu em todas as suas unidades, em diversas regiões do País, uma campanha com os colaboradores para que cada abraço, contabilizado por meio de um contador, fosse revertido em uma grande doação de absorventes para entidades que atendem mulheres em situação de vulnerabilidade social e que vivem essa realidade. “Nesta ação interna foram contabilizados mais de 15 mil abraços, indicador que determinava o volume inicial da doação de absorventes”, conta Vera Naves, vice-presidente do Grupo Rodonaves.

No total foram 15.124 abraços que serão revertidos em absorventes doados, via Colaboradores do Bem (grupo formado por voluntários do Grupo Rodonaves) para entidades como a Sobre Nós, uma iniciativa liderada por mulheres que luta pela dignidade menstrual. A companhia, em contrapartida, vai dobrar essa doação, contabilizando 30.248 absorventes.

Vera Naves explica que este é um volume preliminar, pois o tamanho da doação ainda vai aumentar.

Isso porque a iniciativa fez tanto sucesso que a companhia transformou a ação interna em uma campanha que será aberta a toda a comunidade, que também poderá levar até as unidades da RTE Rodonaves sua doação de absorventes até o próximo dia 31/05. “Decidimos ir além dos nossos muros e estender esse abraço solidário à comunidade, para que todos nos unamos em favor do objetivo de proporcionar uma condição mais digna às mulheres afetadas por este grave problema. Entendemos que juntos somos sempre mais fortes”, comenta.

“As empresas hoje têm um grande espaço de fala e aqui no Grupo Rodonaves nós usamos esse espaço, desde a nossa fundação, para conscientizar a população por meio de ações práticas para os mais diversos temas sociais, buscando engajar as comunidades para o bem. Entendemos que com ajuda de todos é que podemos gerar impacto social positivo na vida das pessoas”, finaliza Vera Naves.

Para consultar onde há uma unidade da transportadora mais próxima da sua cidade para aderir à campanha e fazer suas doações, basta acessar esse link: https://rte.com.br/quem-somos/unidades/

 Mais dados sobre o problema

A pobreza menstrual não diz respeito apenas à possibilidade de compra de absorventes. Falta de água encanada e saneamento básico também entram nessa conta, uma vez que são itens mínimos de higiene. No Brasil, das 60 milhões de mulheres que menstruam, segundo levantamento da ONG Girl Up com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 25% — ou seja, 15 milhões — não tem acesso à água tratada, segundo o Instituto Trata Brasil. E 1,5 milhão sequer moram em casa com banheiro.

Outro dado que corrobora para essa triste realidade é do Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância), que aponta que mulheres que não têm acesso à educação menstrual nem a produtos de higiene têm mais chances de viver uma gravidez precoce, não planejada e ter complicações durante a gestação. A organização afirma que entre essa população também aumenta o risco de sofrer violência doméstica.

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