Dezembro Laranja alerta para prevenção do câncer de pele e importância do uso diário de protetor solar
No Brasil, o sol está presente praticamente o ano inteiro e, em dezembro com a chegada do verão, ele se aproxima com maior intensidade, causando um alerta intensificado pela campanha Dezembro Laranja, lançada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em 2014, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do câncer de pele.
De acordo com a nova estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, sendo o câncer de pele não melanoma o mais incidente no país, representando 31,3% de todos os casos de tumores malignos registrados. Ainda segundo dados do Instituto, somente no Estado de São Paulo, são esperados mais de 56 mil casos da doença por ano, com incidência maior entre as mulheres.
Ribeirão Preto, um dos municípios mais quentes do estado, também deve estar alerta. “Nossa cidade registra altas temperaturas durante o ano todo, mas nessa época em especial, em que as pessoas tendem a se expor mais ao sol é preciso redobrar os cuidados. A exposição solar a longo prazo, em horários inadequados e sem a proteção devida, pode causar o desenvolvimento do câncer de pele”, comenta Cristiane Mendes, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
A médica ressalta a importância da prevenção da neoplasia. “É preciso que a população se conscientize da necessidade do uso de filtro solar a partir de 30 minutos antes de sair de casa, com fator mínimo de proteção 30 e, reforçar sua aplicação durante o dia. Além disso, deve-se evitar exposição prolongada ao sol entre às 10h e 16h. Proteger os lábios com filtro solar apropriado e fazer o uso de proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas também é importante”, finaliza a médica.
O câncer de pele está dividido em dois tipos. O não-melanoma, mais frequente, representa 94% do total dos casos e possui os subtipos basocelular e o espinocelular, lesões relacionadas à exposição crônica ao sol, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos e de pele e olhos claros. Já o tipo melanoma é menos frequente, porém, potencialmente mais grave, uma vez que células malignas podem se espalhar para gânglios ou órgãos à distância, formando as chamadas metástases. Geralmente, surge como uma lesão mais pigmentada – marrom, preta ou uma “pinta” que passa a crescer e que pode até mudar de cor ou apresentar sangramento, além de não cicatriza sozinha.
Segundo Cristiane Mendes, o câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, mas podem surgir em extremidades e tronco também. “A neoplasia costuma apresentar-se através de lesões que coçam, ardem, descamam, sangram ou até feridas que não cicatrizam após quatro semanas. É fundamental procurar avaliação médica se o paciente apresentar alguma dessas”, finaliza a oncologista.
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